domingo, 24 de outubro de 2010

Eleições 2010

Um segundo turno infeliz com dois candidatos que não aprecio. Sinto-me como um herege levado à presença da Inquisição e que, no fim das contas, tem que escolher que diabos de suplício quer passar pelos próximos quatro anos.
Escolho, então, o menos mau: não quero o PSDB no comando desta joça nem de sacanagem!
Estou ouvindo um montede gente falando dos problemas do PT, do Zé Dirceu, dos sacanas do PMDB... mas só quem tem a memória muito, muito curta não lembra a merda em que chafurdávamos sob o jugo sorridente de FHC.
Pra porra com essa tertúlia!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Queridos psicopatas

Recentemente, a conversa com uma amiga chamou minha atenção para uma estranha predileção minha: eu gosto de psicopatas. Não os reais, etendam bem, e muito menos a bicha incubada do Norman Bates, que coloca as roupas da mãe e fica parecendo uma versão anorexica da Vovó Mafalda, mas os bons, maus e intelectualmente elegantes - Hanibal Lecter, Dexter Morgan, o personagm psicótico e encantador de Kevin Costner em Instinto Secreto, o terrível Christian Bale em Psicopata Americano... Em noites de baixo astral, até o imundo do Michael Myers parece um cruzado infernal e prende minha atenção por mais ou menos duas horas. Isso não há de ser uma predileção saudável, eu sei, mas fazer o quê?
Venho reparando no tipo de gente que é morta por estes maravilhosos verdugos, e chego à conclusão de que se trata do pior tipo de figurante: são personagens planos, unilaterais, vulgares. Grosseiros, como diria o Dr. Lecter. Obviamente, na vida real ninguém deve morrer por ser patético e desinteressante, mas a melhor parte da ficção é que ela não precisa ter laços consanguíneos com a moral (já nos dizia Oscar Wilde).
Seria isso uma espécie doentia de catarse? Porque, se for, até que combina comigo...