quinta-feira, 22 de julho de 2010

Inércia...

Um corpo parado tende a continuar parado.
Estou olhando para a TV, e está sendo exibido (de novo) Max Payne. Há meia hora estou sentindo vontade de ir ao banheiro e odeio este filme. Por que diabos eu não simplesmente tiro o notebook do colo, vou ao banheiro e depois coloco algo no DVD?!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Arreste-me para o inferno!

Não, eu não quero voltar ao Rei do Bacalhau. Este é o nome (guardem bem) da magna opus de Sam Raimi. Peço desculpas aos puristas que apontam seus dedos em riste para a trilogia Homem-Aranha, também impecável, mas, sejamos francos, o ramo de Raimi é a tosqueira.
Desde Fome animal eu não via um trash tão bom... é a Gioconda dos gore movies! Eu já era fã de Evil dead, que me rendeu momentos de um estranho misto de pânico com hilariedade, mas essa sua obra recente é de uma classe (?!) que deixa todos os outros no chinelo.
O filme não é novidade, mas muita gente ainda não viu por não levar o título a sério. Não levem mesmo, mas vejam o filme!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Rei do Bacalhau?!

Ao que tudo indica, o nome de um restaurante, certo? Depende.
Do dia da semana, da hora e, é claro, do seu mapa astral.
O meu estava no inferno.
"Renato, sexta é aniversário da Adriana. Vai ser no Rei do Bacalhau, em Caxias."
"A-hã."
"A gente vai."
"A... ãh?"
"Vê onde fica."
Sempre que D. Patroa me vem com estes programas, meu cramulhão da guarda já começa a palpitar... "Isso é furada, ela nem sabe o endereço... cê vai se arrepender..." Invariavelmente, ele está certo.
Depois de perguntar ao Google como chegar ao regente deste nobre peixe norueguês, dei voltas e voltas no meu velho Corsa até encontrar o lugar. O engraçado é que, onde devia haver um restaurante, estava rolando uma rave. Das pesadas.
"Este aqui é o Rei do Bacalhau?!"
"Pô, mô, deve haver uma seção em que as pessoas comem..."
"...umas às outras!"
"Não seja malcriado" (como odeio quando ela fala desse jeito!).
Parei o carro. Um sujeito com meia dúzia de dentes (contando com alguns pendurados em seu cordão) me interpelou e disse que o estacionamento custava R$ 10,00. Dez pilas pra largar o Chugabum ao relento!
"Sabe, já que vai ficar aqui tomando conta do meu carro a noite toda, te deixo cinco agora e te dou cinco quando sair". Eu sou abusado, mas não idiota: se não pagasse nada, certamente encontraria simpáticos recados gravados à faca na porta do meu carro.
Descobri que também precisava pagar para entrar no restaurante. E, uma vez lá dentro, descobri que aquilo era restaurante porra nenhuma. Ao menos àquela hora.
D. Patroa berrava qualquer coisa que eu não conseguia ouvir. Eu só sorria e balançava a cabeça. Até onde entendo, poderiam me mandar pro inferno que ainda assim eu sorriria e balançaria a cabeça.
Eu sei que sou velho e chato, mas nada me parece mais caricato que uma porrada de sujeitos entre trinta e quarenta anos, vestidos como uma versão repaginada de Travolta em Os embalos de sábado à noite, se requebrando ao som de Lady Gaga. Acho que nem num velório circense eu me sentiria tão deslocado.
"Mô, eu quero ir pra casa..."
"Eu nem queria ter vindo!"
"Você é muito mau!"
"Você me arrasta pra cá e eu sou mau?!"
"Amanhã te compenso..."
E compensou: me vestindo de Drácula (com direito a maquiagem!) para ir a uma festa a fantasias em São João de Meriti!
Casamento, assim como o Bope, é só pra quem tem disposição...